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Aluguel de carros: vale a pena?

16 fev 2021

aluguel de carros

Será que vale a pena abrir mão da propriedade para ter um automóvel em sua garagem? As propostas podem ser tentadoras. Mas é preciso pesar todos os fatores na balança antes de pensar no aluguel de carros.

Texto: Evandro Enoshita

A relação entre as pessoas e os automóveis mudou muito nos últimos anos. De verdadeiros membros das famílias, os carros passaram a ser vistos muito mais como um mero bem de consumo, atraindo muitas vezes um público mais interessado no status social provocado pelo uso de um carro zero do que na propriedade desse mesmo veículo. Isso abriu espaço para que as empresas passassem a oferecer serviços de locação de veículos de longo prazo. Além das locadoras tradicionais, recentemente até algumas montadoras passaram a disponibilizar este tipo de serviço para os seus clientes.

Diferente das locações tradicionais, em que o uso do carro é cobrado pela quilometragem ou por um valor diário, nos serviços de carro por assinatura o usuário contrata um plano que, além do carro novo, já inclui os custos de manutenção, documentação e seguro. No papel, parece uma proposta bastante interessante. Mas em qualquer negociação é preciso pesar os prós e contras. E nem sempre aquilo que parece bom à primeira vista se encaixa dentro da sua realidade.

Antes de decidir se o melhor é alugar ou comprar um carro, é preciso fazer as contas. Comece pensando no modelo de interesse, no uso que você irá fazer e no tempo que você pretende ficar com esse automóvel. Além dos custos de compra, é preciso considerar também os gastos com documentação, seguro, combustível e manutenção. Para isso, além do auxílio do seu corretor de seguros, uma boa dica para achar essas informações é pesquisar nos sites dos fabricantes.

Dividindo essa soma toda pelos meses que irá ficar com o veículo, você terá o resultado de quanto ele irá te custar por mês. Fatores como fazer a compra à vista, não contratar um seguro e permanecer com o automóvel por um longo período de tempo podem fazer com que esse resultado final seja um valor menor do que o cobrado em uma mensalidade de um serviço de assinatura.

É preciso considerar também o uso que será feito. Se você praticamente nem sai de casa e usa o veículo apenas eventualmente para viajar, às vezes o mais cômodo não é nem comprar um automóvel e também fugir dos serviços de assinatura. Além de não ser saudável manter um veículo parado por muito tempo, o que pode acarretar em despesas maiores com a manutenção a longo prazo, é preciso lembrar que gastos como o seguro e o IPVA continuam existindo mesmo sem tirar o automóvel da garagem.

Neste caso específico, vale a pena fazer a locação convencional de um automóvel. No caso de uma viagem, a vantagem é poder alugar o carro mais adequado para a ocasião, como um SUV 4×4 para um roteiro mais aventureiro ou um modelo de sete lugares no lugar de espremer toda a família em um hatch ou sedã compactos.

A mesma reflexão vale para quem roda bastante. Os serviços de carro por assinatura estipulam limites de quilometragem, que caso sejam ultrapassados impõem o pagamento de um valor adicional por quilômetro extra. Dependendo da operadora, essa cobrança é feita durante as manutenções ou ao final do contrato. Será que ainda vai compensar tendo que optar por uma franquia de quilometragem maior do que a básica?

Vale lembrar que nem sempre uma quilometragem alta é sinônimo de carro judiado. Comprar um carro para rodar longas distâncias em estradas não necessariamente irá resultar em gastos mais elevados com a manutenção. Pelo contrário. Veículos que rodam por longas distâncias em estradas geralmente dão menos problemas, pois circulam por mais tempo em condições ideais para os sistemas do automóvel. Peças de desgaste natural, como a embreagem e os amortecedores da suspensão, permanecem eficientes por muito mais tempo do que em carros de uso 100% urbano.

Outro ponto são os detalhes dos contratos. Há empresas que restringem o uso do veículo do serviço de assinatura apenas ao território brasileiro, enquanto outras exigem o pagamento de um valor adicional em caso de colisão do veículo. Mesmo que o cliente não tenha sido o culpado. Isso sem contar a possibilidade de cobrança dos possíveis danos ao veículo no momento do fim do contrato.

Olhe para os seminovos!

Uma opção interessante para quem não está com o orçamento tão alto mas mesmo assim precisa de um automóvel é comprar um veículo seminovo. Não faltam interessados em vender carros ainda bem conservados e pouco rodados. E com a prática das montadoras de estender os prazos de garantia para além do primeiro ano, é bem possível que você encontre um automóvel ainda com a cobertura de fábrica. Basta checar se as revisões obrigatórias foram cumpridas pelo vendedor.

Mulher sorridente dentro de um carro olhando para fora dele - Aluguel de carros

Do ponto de vista financeiro, o ponto positivo é pagar pelo seminovo um valor bem mais baixo do que em um carro zero do mesmo modelo e versão. Isso acontece pois a desvalorização é mais acentuada nos primeiros dois anos de um automóvel. A partir dessa depreciação inicial, a perda de valor de um veículo costuma ser bem menos acentuada nos anos seguintes. Ruim para o primeiro dono. Mas um ótimo negócio para você.

Lembre-se também que um carro próprio é, como o nome diz, o seu próprio carro. Isso significa que ele não estará atrelado a contratos que estipulam uma multa em caso de desistência antecipada e nem restrições para que você faça modificações como instalar um sistema de som mais potente ou bancos de couro no lugar dos de tecido.

Outro “bloqueio” muito comum para esses carros por assinatura é a impossibilidade (punível com a rescisão de contrato e multa) de usar esses veículos para trabalhar como motorista de aplicativo. Algo a se considerar nesses tempos de aperto econômico, em que a renda extra ajudaria a bancar os gastos com o automóvel.

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Sobre Fernando Naccari

Consultor Técnico e Jornalista no Jornal Oficina Brasil por 3 anos; na Revista O Mecânico, no Jornal Auto & Você e na Revista Carro por outros 4 anos. Em 2017 fundou o site e o canal de YouTube "Naccar - Auto e Notícias", que tornou-se uma das referências em notícias diárias sobre o mercado automotivo, avaliações de veículos novos e usados, bem como reviews sobre automobilismo pelo mundo.
Foi também editor da Revista Car Stereo Tech, especializada em veículos modificados por dois anos.
Agora, na InstaCarro, é o responsável por gerar conteúdos sobre a empresa, sobre o mercado automotivo e, claro, avaliar carros e te ajudar a escolher quem merece um lugar na sua garagem :)

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